No vídeo seguinte há a destacar os seguintes aspectos:
1. O recém-eleito Presidente da Câmara revela vários talentos, nomeadamente quando demonstra possuir um nível de tolerância democrática “acima dos valores normais para a época”… nem sequer faltou dizer “quem manda aqui sou eu”;
2. Foi solicitado à Senhora Vereadora Sílvia Dias que justificasse politicamente a sua decisão de agora apoiar aqueles que antes, durante a campanha eleitoral, combateu… não o fez;
3. “Quem por si, ou por interposta pessoa, com o seu consentimento ou ratificação, der ou prometer a funcionário, ou a terceiro com conhecimento daquele, vantagem patrimonial ou não patrimonial que ao funcionário não seja devida” pratica um crime tipificado na lei;
4. Por outro lado, “o funcionário que por si, ou por interposta pessoa, com o seu consentimento ou ratificação, solicitar ou aceitar, para si ou para terceiro, sem que lhe seja devida, vantagem patrimonial ou não patrimonial de pessoa que perante ele tenha tido, tenha ou venha a ter qualquer pretensão dependente do exercício das suas funções públicas” também está a praticar um crime tipificado e punido por lei;
5. Foi também solicitado à Senhora Vereadora que afastasse qualquer suspeita de poder, eventualmente, vir a beneficiar de qualquer vantagem pessoal pela sua decisão de apoiar uma força política diferente daquela pela qual foi eleita… não o fez;
6. Não o fazendo, que quer isto dizer? Que “quem cala consente”? Ou que a pergunta é tão disparatada que não merece sequer uma resposta? Quem souber que responda.
De uma coisa ninguém ficará com dúvidas: o presente mandato inicia-se sob um clima de suspeita. Lamento, mas não há outra forma de dizer isto…
Depois há o aspecto da perversão do sistema democrático: alguém sabe a diferença entre ter ou não ter a maioria política, legitimada pelos votos nas urnas, num órgão do poder? Será correcto que quem teve apenas 40% dos votos se assuma como se tivesse tido os 60% daqueles que não votaram neste projecto?
Imagens captadas por José Gonçalez
2 Comentários:
Sobre o tão escandaloso tema, é o texto mais bem funfamentado, até juridicamente, que vi, nos Blogs.
Os meus parabéns.
Optei (saí de Estremoz há 2 anos e vivi lá 3 anos)por criticar a atitude da Vereadiora. Vi os vídeos e ainda mais chocado fiquei.
Estremoz não pode ser um qualquer "Burkina Faso" do Alentejo, liderado por quem não tem cultura democrática.
Mas, como saberá, foram os estremocenses que escolheram. E devem perceber o baixo nível onde essa escolha se situa. NUNCA vi ninguem ser tão atacada, convidada a defender-se, a explicar a sua opção e não o fazer porque o Chefe não deixa, como a Arquitecta Sílvia Dias.
O chocante é isso, o silêncio da Vereadora Arquitecta e a submissão ao Chefe: "O silêncio dos indecentes", não dos inocentes.
Depois, os "lacaios" (viva Salazar, Estaline e Bento XVI), nos seus blogs onde o anonimato é Lei, tornam-se seguidistas e xenófobos, atacam, caluniam, invocam dívidas sabe-se lá de onde. Porque Estremoz é, afinal, do "Chefe".
2ª feira irei encetar 2 batalhas jurídicas. Em nome da minha Honra ofendida (e da minha mulher) e contra os ditos lacaios, feita no Kruzeskanhoto e no Estrmoz revisited.
Espero que Mourinha e a sua Vereadora tenham a coragem para fazer o mesmo. No Tribunal não restarão dúvidas.
E o Sr. Mourinha sabe daquilo que eu falo. Tivemos (infelizmente) amigos comuns, embora nunca tivéssemos convivido.E espero que eles testemunhem.
Para que as "máscaras" caiam e existam, sobretudo, Homens inteiros.
Sr. Dr. Abel Ribeiro
Não o conheço pessoalmente mas li aquilo que escreveu sobre a Sra. Arquitecta Sílvia Dias e sobre o Sr. Presidente da Câmara Luís Mourinha.
Respeito as suas opiniões e é-me fácil presumir que sobre alguns assuntos possamos ter opiniões convergentes.
Não posso, todavia, deixar de reiterar-lhe que não me revejo na forma - a meu ver ofensiva - como se referiu às pessoas acima referidas.
Cumprimentos
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