1. Ad valorem II
Ad valorem entra no seu segundo ano de publicação regular. A mensagem central continua a ser a mesma: parafraseando Nicolau Santos, "Portugal vale a pena!", os portugueses têm valor e são tão capazes como qualquer outro povo! Temos do melhor que nos orgulha e do pior que nos envergonha. Porém, no cômputo geral o saldo é, tem de ser, sempre, positivo. Basta que remetamos o valor e a mediocridade para os seus devidos lugares.
2. MILU
Continuando com as más notícias… Eu, se não visse, não acreditava. Recebi há dias um vídeo – de péssima qualidade, frise-se – onde vi a Ministra da Educação da República Portuguesa comportar-se de uma forma… inimaginável. De microfone na mão, em cima de um palco numa cerimónia pública, vi Maria de Lurdes Rodrigues dirigir-se aos que a circundavam recorrendo a apupos. Ao que parece, a ministra estava a reagir à vaia de que estava a ser alvo por parte de alunos do ensino básico. O que ninguém esperava era que a ministra reagisse com um "huuuu", desafiando os seus jovens opositores (!?). A Ministra da Educação evidenciou – de forma superior, sublinhe-se – a educação que tem e aquela que representa. Só visto, contado nem dá para acreditar.
3. Suprema estupidez
É assim que classifico a decisão do Supremo Tribunal de Justiça num processo que envolvia um órgão de comunicação social e um clube desportivo. Depois de na primeira instância e, subsequentemente, no Tribunal da Relação a acção intentada pelo clube ao jornal ter sido considerada improcedente, vêm aqueles senhores dizer que pouco importa se a notícia era verdadeira ou não. Para o topo da hierarquia judicial em Portugal o que importa é que os alegados factos divulgados, mesmo que verdadeiros, ofendem o bom-nome do clube e, como tal, deverá este ser ressarcido mediante indemnização pecuniária por danos morais. Dá para entender?
4. Exclusão do valor
Não estou em condições de assegurar a autenticidade de uma situação relatada no Blog "Mais Évora", segundo a qual um alegado quadro superior da administração pública – que se identifica pelo também alegado nome próprio – denúncia a sua inclusão no quadro de excedentes pela objectiva razão de não ser submisso para com a hierarquia politicamente nomeada. No entanto, sei por experiência própria (e directa constatação) de situações muito semelhantes e em tudo similares à descrita. Não está em causa a cor partidária dos politicamente nomeados já que, infelizmente, estas "coisas" – digamos assim – existem em todos os quadrantes políticos. O que está em causa não é a diferença, é, lamentavelmente, a indiferença com que pactuamos – por omissão, por falta de indignação e de denúncia pública – com o servilismo e o compadrio que mina a sociedade portuguesa e a impede de ser mais saudável e mais digna. É também por isto que esta coluna vai continuar a incomodar muita gente "boa" (segundo os padrões politicamente correctos... ou deveria dizer convenientes?).
5. As cangochas da asna
Faço uso amiúde da expressão popular "a mesma burra não me dá dois coices". Até aqui, e por via de regra, tem sido verdade. No entanto, tal não significa, necessariamente, que ela, a asna, não continue a agir de acordo com a sua natureza.
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