quarta-feira, 25 de maio de 2011

As sondagens da confusão...

Sou daqueles que acredita que a técnica estatística constitui algo de consolidado e... fiável. A partir de uma amostra representativa, seja qual for a entidade que promove a sondagem, os resultados tendem a cair dentro dos intervalos definidos para o grau de confiança estabelecido. Como exemplo, destaco as sondagens realizadas à boca de urna no próprio dia das eleições. De um modo geral acertam.
Como podemos então explicar que nos últimos tempos tem havido sondagens a errarem em mais de 10 pontos percentuais o resultado final? Para mim a resposta é óbvia e única: as amostras que estão na base das inferências estatísticas não são representativas. Não sei se é uma questão de miopia financeira se de facciosismo deliberado, mas depois de tantas entidades terem comprometido a sua credibilidade técnica perante a opinião pública como é possível que as entrevistas que estão na base das sondagens continuem a ser feitas com base em telefonemas para a rede fixa? Quem está em casa à hora a que as entrevistas são realizadas? As pessoas entrevistadas são verdadeiramente representativas do universo eleitoral que se pretende estudar? A minha opinião é clara: Não!
Perante isto deixo o meu desabafo: senhores especialistas em Estatística façam o favor de incluir nas vossas amostras entrevistas dirigidas para telemóveis na exacta proporção das pessoas que às horas a que são realizadas as inquirições de opinião não estão junto de um telefone fixo. Já agora, façam-no também na proporção exacta do número de utilizadores de cada uma das redes móveis.
Se as sondagens continuarem a ser feitas como até aqui fico preparado para novos e repetidos erros... superiores a dez pontos percentuais ou mais.

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