Quando tomamos como referência outros locais, nomeadamente os grandes centros urbanos e, dentre estes, cidades como o Porto – que actualmente parece transformada na Chicago de Alphonse Capone – a resposta que se nos afigura mais imediata é: Estremoz é uma cidade segura!
Todavia, por detrás desta aparência serena poderse-ão esconder alguns aspectos que remetem a conclusão inicial para um outro patamar, nomeadamente levando-nos a concluir que a mesma, sem ser necessariamente muito má, é, no mínimo, precipitada. Admite-se que a maioria dos nossos concidadãos se sinta relativamente segura, não obstante oiçam falar, de vez em quando, em alguns assaltos a estabelecimentos comerciais. Em boa verdade, não é por aí que as pessoas em geral se sentem inseguras. Aliás, mesmo havendo registo da actuação de carteiristas "profissionais", desde que estes não ponham em risco a integridade física das vítimas, os cidadãos continuam a não ter medo de deambular pela cidade. Quando muito, passam a ter mais cuidado com as malas e carteiras.
Afinal, os que as pessoas temem são os assaltos à mão armada, os roubos por esticão, as violações ou os actos de vandalismo. E disso, felizmente, salvo melhor opinião, não temos registos relevantes.
No entanto, em especial para os jovens, a cidade já não é tão segura assim, pelo menos quando comparada com a Estremoz de outros tempos. Talvez eles, justamente por serem jovens e não terem termo de comparação, não façam alarde da situação, mas a verdade é que, por exemplo, quando vão aos bolos à Zona Industrial – um hábito de muitos deles que os mais velhos não tinham – o fazem em grupos de, por vezes, mais de dez elementos. E porquê? Porque é assim que se sentem seguros, protegendo-se reciprocamente. Por outro lado, a droga circula actualmente pela cidade de forma mais intensa que noutros tempos, estando a atingir níveis, a nosso ver, preocupantes. Se bem que nos estejamos a referir a drogas ditas leves, a verdade é que estas constituem o principal campo de recrutamento para as demais substâncias aditivas consideradas "pesadas". Se os nossos jovens convivem diariamente com esta realidade, começa a ser difícil que continuemos a considerar-nos "seguros".
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