Noticiava o Expresso deste fim-de-semana que os portugueses estão a abandonar os Certificados de Aforro enquanto produto de poupança. Não admira: quem poupa desta forma reúne fortes probabilidades de ficar... mais pobre.
As fórmulas que foram definidas para remunerar os Certificados de Aforro (CA) podem ser até muito bonitas mas esquecem quase sempre um factor fundamental: é preciso garantir que a renúncia temporária ao consumo no presente não se transforme numa renúncia definitiva pela perda de poder aquisitivo. Se episodicamente a mera indexação à Euribor pode até garantir tal desiderato; outros há, como o actual, em que o desfasamento entre a rendibilidade líquida de impostos e a inflação é demasiada.
A solução, a meu ver, passa por introduzir a variável inflação nos automatismos para a definição do rendimento - taxa base mais prémios de permanência - de forma a garantir que a remuneração líquida de impostos seja, no mínimo, igual à taxa de inflação média para os mesmos períodos.
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