sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Cozinha dos ganhões

Gostei. Esteve melhor que em anos anteriores. Embora sem dispor de números oficiais arriscaria a vaticinar que o número de visitantes terá sido este ano, num contexto de crise generalizada, maior. O que se espera e se deseja é que continue sempre a melhorar ano após ano, até que se torne num dos principais certames gastronómicos realizados no nosso país.

Portanto, importa agora felicitar o Município de Estremoz por esta importante realização, reconhecimento que deverá abranger todas as pessoas envolvidas, desde os trabalhadores até aos eleitos da Câmara Municipal.

Por outro lado, há também que dirigir uma palavra aos empresários da área da restauração e da confeitaria que aderiram a este evento, os quais com zelo e profissionalismo, na excelência do serviço prestado, contribuíram de forma decisiva para o sucesso desta iniciativa.

Guardei para o fim algumas observações que, apesar de menos positivas, não irão contrariar o que foi afirmado nos parágrafos precedentes. Deverão, sim, ser encaradas como contributos para a melhoria de futuras edições da Cozinha dos Ganhões.

1) Alguma coisa deverá ser feita para melhorar a exaustão de fumos. Ser gastrónomo não tem de implicar, necessariamente, sair do certame a "cheirar a cozinha".

2) O frio no recinto. Nesta época do ano corre-se sempre o risco de apanharmos uma vaga de frio como desta feita aconteceu. Por volta do meio-dia, ou seja, antes de os visitantes gerarem o calor próprio das aglomerações humanas, o frio era perfeitamente perceptível. Não teria sido difícil resolver tal inconveniente com os equipamentos adequados (os quais, aliás, teriam de ser desligados depois).

3) O desperdício de algumas oportunidades de negócio. Doeu-me a alma quando na zona de provas dos produtos emblemáticos da região – no momento, eram enchidos tradicionais – constatei a imensidão de facturação perdida. Vi toda a gente a gostar do que provava, em especial forasteiros, mas constatei também que algumas das empresas participantes na mostra não dispunham de expositores de venda. Futuramente, a área de venda dos produtos da região – vinhos, enchidos, queijos, compotas, azeites, doçaria, etc. – deverá ser ampliada nem que para isso se tenha de montar uma tenda própria.

5 Comentários:

morski pas disse...

Professor, enquanto representante de um dos produtores presentes, e com o devido repeito pela opinião de cada um, acho que a cozinha dos ganhões estava muito mais bem representada quando o orgulho era sair do recinto em terra batida a cheirar a burras!!! actualmente não são dadas as condições necessárias aos visitantes...são impostas "regras" para provar o belo do enchido e o belo do vinho...não é justo! Assim não vamos lá! Com tamanha incompetência do pessoal da organização que implora e depois impõe!!! EU paguei o bilhete para ir trabalhar.....não é de louvar! Embora este evento seja dos que mais gentes traz à bela terra estremocense, não deixa de ser ridiculo a quem de dentro por ali passa!!
Um grande beijo e viva Estremoz!

A Bolotinha disse...

...gostei de encontar mais um blog de um Estremocense!!! Tambem apoio o facto de nao haver a parte de vendas dos produtos regionais que sao os nossos.
Cumprimentos e convido-o a visitar tb o meu blog!!!
Fatima
A Bolotinha

Anónimo disse...

Leia
http://evoraterraportuguesa.blogspot.com/

António J. B. Ramalho disse...

O autor deste blogue não se revê nos ideiais expressos pelo blogue http://evoraterraportuguesa.blogspot.com/

António J. B. Ramalho disse...

Onde se lê "ideiais" deveria ler-se "ideais"

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