quinta-feira, 4 de junho de 2009

Convergências e divergências…



No primeiro de Janeiro de 1986, Portugal aderiu à então CEE, Comunidade Económica Europeia. Nos termos do acordo de adesão, Portugal beneficiou de importantes transferências financeiras destinadas a combater o atraso endémico que caracterizava o nosso país.



Nos primeiros anos da adesão – os quais coincidiram com o período em que a gestão do país esteve cometida ao PSD – o impacto foi significativo. Por essa altura, mais precisamente entre 1986 e 1995, à linguagem do cidadão comum foi acrescentada uma nova expressão: convergência. Tal expressão era bem entendida na altura por todos, já que significava que estávamos a crescer mais que os outros países no seu conjunto. Por exemplo em 1986 crescemos 4%, enquanto o resto da CEE cresceu cerca de 2,7%; no ano seguinte Portugal cresceu 6,5% enquanto os restantes países cresceram menos de metade; e assim sucessivamente, em 1988, nós 7,5%, os outros 4,1%; em 1989, nós 5%, os outros 3,5%...



Enfim, resumindo, durante a gestão de Cavaco Silva, apenas o ano de 1993 nos foi adverso e logo num contexto em que toda a Europa estava em crise. Com a chegada do PS ao poder, os primeiros anos de Guterres ainda beneficiaram da embalagem antes conseguida. Curiosamente, ou não, enquanto Sousa Franco foi ministro das finanças ainda houve convergência real, se bem que bem mais modesta do que nos anos anteriores. O descalabro dá-se no período pós Sousa Franco, ou seja, quando Pina de Moura, Oliveira Martins e outros que tais tomaram conta da gestão económica e financeira do país. Aí, Portugal começou a divergir claramente do resto da Europa.



Nunca mais Portugal voltou a entrar nos eixos. O mau desempenho económico do país esteve (e está) associado às políticas de faz-de-conta dos socialistas. O PS bem que tenta atirar areia para os olhos das pessoas dizendo que após 2000, também o PSD esteve no poder (pouco mais de dois anos). Pois é, mesmo nesse curto período se revelou a diferença e se iniciou um inverter de tendência de afastamento do resto da Europa, ainda que ainda em divergência.



Com a chegada de Sócrates a história está contada e nem é preciso desculpas de crises internacionais porque antes também as houve. Continuem a votar neles e depois queixem-se!



Cada país tem os políticos que merece.



Publicado na edição de 04Mai2009, na secção "Mesa Redonda", do Jornal Ecos.

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