;
Passo a explicar: Gunther Holtorf e a sua mulher Christine terão andado 23 anos à volta do mundo. "Cool", dirão muitos, "que inveja" dirão outros. Eu próprio talvez também gostasse de fazer uma viagem do género se tivesse condições para isso...
Se ouviram o que o homem disse - e esse é o primeiro aspecto que não me convence - o dinheiro que gastaram até nem foi assim tanto, porque economizaram não frequentando restaurantes nem hotéis. Economizaram tanto que conseguiram abastecer um jeep Mercedes com 3 litros de cilindrada durante 23 anos. Pois eu digo: quem no dia 10 de cada mês já anda a esticar o dinheiro para ver se ele chega até ao próximo vencimento jamais poderia, mesmo que quisesse, fazer uma viagem similar. Portanto, o Gunther e ou a sua mulher Christine deveriam ser pessoas suficientemente abastadas para poderem dispensar "frivolidades" (das quais nunca devem ter estado arredados antes da sua épica viagem). Espero bem que tenham mesmo sido o Gunther e a sua mulher Christine a ganharem o dinheiro suficiente para tal empresa... mas nem disso tenho a certeza por uma simples razão: as pessoas que mais facilmente se desprendem dos bens materiais e de conforto são também aqueles a quem tais bens nunca faltaram desde cedo.
Outro aspecto que me chocou foi o facto de ter lido algures que pelo caminho tiveram um filho que - por não poder acompanhá-los na viagem - foi criado por familiares. Lindo! O empecilho foi despachado para a Alemanha enquanto os pais andaram a realizar o seu projecto de vida. O empecilho não teve o aplauso dos pais quando representou a sua primeira peça de teatro, quando marcou o primeiro golo não teve a quem o dedicar, quando sofreu a primeira desilusão amorosa não teve o afago de quem (habitualmente e em situações normais) o presta de forma solidária.
O pobre empecilho deve ter sido um miúdo bastante "cool": teve uns pais que andaram à volta do mundo a esturrar o que ganharam ou herdaram e ele teve de andar a "chamar pai a outro". Que inveja, o projecto de vida do pobre empecilho, filho de Gunther e de Christine, dois adultos que sofriam do complexo de Peter Pan, deixando o egoísmo atroz sobrepor-se à responsabilidade parental.
Se ouviram o que o homem disse - e esse é o primeiro aspecto que não me convence - o dinheiro que gastaram até nem foi assim tanto, porque economizaram não frequentando restaurantes nem hotéis. Economizaram tanto que conseguiram abastecer um jeep Mercedes com 3 litros de cilindrada durante 23 anos. Pois eu digo: quem no dia 10 de cada mês já anda a esticar o dinheiro para ver se ele chega até ao próximo vencimento jamais poderia, mesmo que quisesse, fazer uma viagem similar. Portanto, o Gunther e ou a sua mulher Christine deveriam ser pessoas suficientemente abastadas para poderem dispensar "frivolidades" (das quais nunca devem ter estado arredados antes da sua épica viagem). Espero bem que tenham mesmo sido o Gunther e a sua mulher Christine a ganharem o dinheiro suficiente para tal empresa... mas nem disso tenho a certeza por uma simples razão: as pessoas que mais facilmente se desprendem dos bens materiais e de conforto são também aqueles a quem tais bens nunca faltaram desde cedo.
Outro aspecto que me chocou foi o facto de ter lido algures que pelo caminho tiveram um filho que - por não poder acompanhá-los na viagem - foi criado por familiares. Lindo! O empecilho foi despachado para a Alemanha enquanto os pais andaram a realizar o seu projecto de vida. O empecilho não teve o aplauso dos pais quando representou a sua primeira peça de teatro, quando marcou o primeiro golo não teve a quem o dedicar, quando sofreu a primeira desilusão amorosa não teve o afago de quem (habitualmente e em situações normais) o presta de forma solidária.
O pobre empecilho deve ter sido um miúdo bastante "cool": teve uns pais que andaram à volta do mundo a esturrar o que ganharam ou herdaram e ele teve de andar a "chamar pai a outro". Que inveja, o projecto de vida do pobre empecilho, filho de Gunther e de Christine, dois adultos que sofriam do complexo de Peter Pan, deixando o egoísmo atroz sobrepor-se à responsabilidade parental.
0 Comentários:
Enviar um comentário