De uma maneira geral pode considerar-se que este novo evento promovido pela autarquia correu melhor do que aquilo que eram as expectativas no momento em que abriu o certame. Na verdade, a generalidade dos comerciantes aderentes acabou por reconhecer que os resultados surpreenderam pela positiva. Do mesmo modo, também os primeiros visitantes – entre os quais me incluo – não podiam antecipar que esta iniciativa iria contar com um número significativo de visitantes.
Fico satisfeito por isso. Louvo também a intenção anunciada de auxílio ao comércio local. Todavia, não alimento ilusões no sentido de considerar que este novo evento tenha ganho perenidade logo no primeiro ano. As circunstâncias em que decorreu foram, a vários títulos, especiais. Desde logo, decorreu num momento de crise tornando-o, por isso, apelativo tanto para comerciantes e como para potenciais compradores. Depois não houve concorrência de outros eventos promovidos por outras autarquias. Finalmente, a divulgação foi eficaz.
Neste contexto, até admito que numa eventual segunda edição possa vir a contar com um maior número de participantes. No entanto, é preciso não esquecer que a variedade foi reduzida e que pouco tempo bastou para se percorrerem todos os expositores. Não obstante os comerciantes tenham manifestado a sua satisfação, ela resultou em grande parte de as suas expectativas serem baixas à partida. Já entre os visitantes houve alguns que reconheceram que estavam à espera de mais e que se confessaram meio frustrados com o resultado da sua deslocação expressa ao certame. Portanto, cuidado. Para o ano podem os comerciantes esperar melhor e os resultados, fruto desta conjugação de factos, acabarem por se revelar piores.
Face ao que precede, deixo o alerta: uma eventual 2.ª edição deverá ser complementada com outras valências que a tornem mais apelativa, nomeadamente promovendo complementarmente as indústrias agro-alimentares (vinhos, queijos, enchidos e doçaria) que constituem uma importantíssima fonte de criação de emprego e de riqueza neste concelho.
A terminar deixo outro alerta: esta ajuda ao comércio local, se bem que importante, não resolve o problema de fundo. A atractividade de Estremoz é estruturalmente mais importante que quaisquer eventos que nesta cidade se realizem episodicamente.
Publicado na edição do Ecos de 26Fev2009.
1 Comentários:
Como tive oportunidade de escrever num post do meu blog, sou contra este tipo de feira no local onde foi realizada. Não seria melhor fechar algumas ruas da zona comercial com animação de rua? Estou convicto que as lojas estariam com muita gente e as ruas cheias de gente. Isso é que seria ajudar o comercio local. Ter que pagar uma verba e ainda por cima carregar com o estojo...Porque razão a Associação de Comerciantes não participou na organização?
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