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Vítor Bento é — ao que consta — um estremocense que nenhum dos seus conterrâneos que eu conheça conhece. Menos paradoxal que esta ligação à terra que (alegadamente) o viu nascer, está a fluidez de um discurso sem rodriguinhos ou floreados. Aqui há uns tempos, quando defendia que apenas através do equilíbrio das contas públicas seria possível um crescimento futuro sustentável, era apelidado de profeta da desgraça, de pessimista incorrigível. Hoje, depois do grupo dos 74 notáveis ter dito que a nossa dívida é insustentável, já é apelidado de optimista inconsequente.
Oiçamos a sua opinião.
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