sábado, 29 de junho de 2013

Os bons e o maus

Estou farto de "conversas de barriga cheia". Não dá para aturar
mais. Estou cansado de ver pessoas a catalogar os seus semelhantes em duas grandes categorias: (1) os bons; e (2) os maus. Por vezes existem ainda um número variável de categorias intermédias, do tipo "assim-assim" que é como que uma espécie de purgatório das almas penadas destes mundo.
E o que tem esta catalogação de sui generis? Nada de especial... a não ser que os que passam a vida a culpar os outros são, invariavelmente, os bons, e as vítimas dos seus impropérios são, obviamente, os maus. Isto faz-me lembrar aquela suprema hipocrisia que muito associo às confissões religiosas: se algo de bom te acontecer, dá graças a Deus (seja ele Jeová, Allah, o Buda ou o Robocop III); se algo de mau acontecer então a culpa é, só pode ser, dos homens.
Para onde quer que me vire só vejo fundamentalistas, sejam eles aqueles que acham que os carros deviam ser banidos das cidades, sejam os opositores às touradas ou os seus acérrimos defensores, sejam os ecologistas bacocos que dão muita importância a um qualquer coleóptero  mas são capazes de excluir o homem do ecossistema, sejam eles os puristas conservadores que sobrelevam uma cultura passada sem reconhecem idêntico direito a qualquer manifestação cultural contemporânea. Há uns, em especial, que me tiram do sério: são aqueles do "lá fora é que é", que enchem a boca com os "países evoluídos" sem se darem conta do atraso de vida que é a sua própria mentalidade.
Estou farto deles! E, isso de "estar farto deles", só prova que não sou o BOM! Todos somos bons e maus, é certo, mas os piores de todos nós são justamente aqueles que se acham o máximo, aqueles que para tudo arranjam uma desculpa e, finalmente, aqueles que para todas as situações arranjam um culpado.
Para tais "bons", permitam-me que vos saúde em função do respeito que vos tenho: vão buscar o estrume ao bardo!... que é como quem diz, vão barda...
 

sábado, 22 de junho de 2013

Conferência «E se Portugal sair do euro?»


domingo, 16 de junho de 2013

Em véspera da greve dos professores...

... é bom recordar que há quem queira marcar "goals" em "off side"


sexta-feira, 14 de junho de 2013

The B Team

Tenho visto proliferar um pouco por todo o lado diferentes tipos de organizações cujo propósito é... salvar o mundo. Porém, infelizmente, grande parte delas não apresenta as necessárias características de sustentabilidade para que possam ser levadas a sério. A maioria destas ataca a gula capitalista - a qual é, indiscutivelmente, um elemento comprovadamente nocivo (ou seja, um facto sustentado empírica e cientificamente) para um adequado equilíbrio entre as exigências do presente e as necessidades do futuro - mas não apresenta soluções alternativas credíveis. Desde logo, porque desprezam a própria natureza humana - parecendo até que ainda acreditam naquela "estória" da criação do "homem novo" (o qual nasceria sem as características omnipresentes ao longo dos séculos) -; depois porque, talvez pela razão precedente, dividem os homens em bons e maus e assentam a sua estratégia no combate aos maus (já que eles são, obviamente, "os bons").
A equipa do "Plano B" a que o vídeo seguinte faz referência é constituída por pessoas com provas dadas no mundo real, o qual é um mundo constituído por "bons" e "maus", sendo que uns e outros podem ser os mesmos consoante as circunstâncias. Esta característica, sem garantir necessariamente o sucesso da empresa que estão que a empreender, oferece pelo menos a característica da credibilidade à qual já podemos dar o benefício da dúvida.
Para mudar o mundo pode associar-se a esta iniciativa em http://bteam.org/ (eu já o fiz).
Veja o vídeo (em Inglês)




quarta-feira, 12 de junho de 2013

Papa Francisco

Todos os que me conhecem sabem que sou "católico" desde que, pelo baptismo, fui "recenseado" como tal. Aqueles que me conhecem melhor sabem também que desde 1976 manifesto, com maior ou menor acutilância, a minha profunda descrença nestas coisas do "Divino". Isso não me impediu de entrar em Igrejas, de casar numa, de baptizar os meus filhos nelas... porque, é claro, em nenhuma destas circunstâncias não só não era apenas a minha opinião que contava, assim como também não sou tão ortodoxamente militante do ateísmo agnóstico ao ponto de as situações antes referidas - aparentemente incoerentes - me criarem qualquer espécie de incómodo. Afinal, a religião é também uma herança cultural e eu não renego a minha.
Posto isto, é tempo de passar à verdadeira razão que me motiva a escrever este comentário: denoto uma franca admiração - sem paralelo na minha história de adulto - pelo Papa Francisco. Sinto que é uma pessoa genuína (ao contrário do que senti por alguns dos seus antecessores, nomeadamente pelo último).
A dimensão humana do Papa Francisco desperta em mim um sentimento de fé - não necessariamente religiosa mas antes aquela que reputo de mais importante: a fé nas pessoas!
 
 

domingo, 9 de junho de 2013

A manhã de 9 de Junho... de há 350 anos atrás

Bem diferentes deverão ter sido as ilustrações das imagens que aqui reproduzo (todas elas, com a devida vénia, do blogue Guerra da Restauração).
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 4 de junho de 2013

4R - Quarta República: 3 conceitos básicos de política económica que o Governo ignora...ou o estado a que chegamos!

4R - Quarta República: 3 conceitos básicos de política económica que o Governo ignora...ou o estado a que chegamos! 
(Link para o original)

1. Têm-se multiplicado, nos últimos tempos, os ecos mediáticos das mais variadas formas de protesto contra a disciplina financeira e a chamada Austeridade que o Governo e a Troika personificam.
2. Um dado muito curioso desta ressonância mediática é a tendência para standardizar o registo ecográfico das acções de protesto, independentemente da sua real grandeza: tudo quanto seja manifestação de indignação à porta fechada ou em céu aberto, insulto ou provocação de responsáveis governamentais, boicote a sessões com a participação de responsáveis governamentais...a tudo é dada máxima relevância mediática, nem que se trate apenas de 1 “bicho-careta” empunhando 1 cartaz de protesto!
3. Mas isto sucede, fundamentalmente, porque o Governo não conseguiu ainda entender 3 conceitos básicos da política económica, cuja compreensão poderia ajudar a ultrapassar as terríveis dificuldades que o País enfrenta e, especialmente, eliminar a maldita Austeridade que nos consome: (i) as autoridades nacionais dos países do Euro, apesar das alterações ao regime económico que a introdução da nova moeda impuseram, continuam a ter ao seu dispor a faculdade de emitir moeda, sem Limite nem Receio; (ii) as relações entre credores, nomeadamente internacionais, e devedores soberanos, devem reger-se exclusivamente segundo a vontade dos devedores, cabendo aos credores subordinar-se a essa vontade, sem condições prévias ou subsequentes; (iii) o crescimento da actividade económica e do emprego dependem, “prima facie”, da capacidade oratória dos decisores políticos.
4. Quanto ao 1º conceito, da autonomia para emitir moeda sem Limite nem Receio, ele está implícito na notável e reiterada jurisprudência do TC em matéria orçamental – e, como alguns clarividentes líderes políticos ou de opinião têm sabiamente anotado, o Governo tinha a mais estrita obrigação de saber ler a Constituição...
5. Relativamente ao 2º conceito, é realmente difícil perceber a atenção que o Governo presta aos credores externos, nomeadamente aos oficiais (FMI e União Europeia), pois de há muito que lhes deveria ter voltado as costas e, se necessário, ter feito aprovar um Dec. Lei (seguramente constitucional) limitando as taxas de juro da dívida pública portuguesa no mercado e declarando o seu reembolso facultativo (se os investidores, por força dessas limitações, deixassem de comprar dívida pública portuguesa, isso seria problema deles, como é obvio, nós teríamos o conforto da Constituição)..
6. Finalmente quanto ao 3º conceito, parece que aqui o Governo já terá compreendido alguma coisa, mas tarde e a más horas...o método verbal de promoção da actividade económica e do emprego é praticamente infalível, basta atentar no estrondoso sucesso da sua aplicação na dinamização da economia francesa ao longo dos últimos 12 meses...
7. Resta acrescentar que é precisamente em nome (e em defesa?) destes 3 conceitos fundamentais que, para além das inúmeras e patrióticas acções de protesto que se têm sucedido de norte a sul e de este a oeste do País, vai também ser convocada uma greve geral lá para o final deste mês...o estado a que chegamos!
Publicada por Tavares Moreira
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