quinta-feira, 1 de novembro de 2007

1.Tratado de Lisboa; 2. Intenções de voto; 3. Investimento modelar

O Tratado de Lisboa

A Cimeira de Lisboa foi considerada, tanto pela imprensa como pelo cidadão comum, um sucesso para a presidência portuguesa da União Europeia. Relativamente ao acordo conseguido sobre o Tratado Reformador um nosso concidadão diria: "Dizem-me que foi uma coisa assim a modos que importante… histórica, sei lá!".

Agora que já fiz a introdução deixem que vos confesse uma coisa: também sei muito pouco (a bem dizer, quase nada) sobre o que se passou na Cimeira de Lisboa. Mesmo assim também digo que sim, que foi importante. Não estou a ironizar com a situação. A verdade é que já não me consigo imaginar a ter de parar no Caia para ir a Badajoz, a ter de pagar taxas alfandegárias ou comissões cambiais. Reerguer fronteiras na Europa já não faz sentido. Portanto, se é o tratado reformador que me garante que a União Europeia vai continuar a consolidar-se, sou a favor. Mesmo sem conhecer os detalhes do texto aprovado.

Só não percebo a razão pela qual se teme referendar o Tratado. Será que os portugueses eram capazes de "morder" na mão de quem nos tem apaparicado com tantos milhões de euros?

Intenções de voto.

Apesar dos sucessos atribuídos a Sócrates na presidência da União Europeia, as primeiras sondagens de opinião pós-cimeira de Lisboa, tanto a da Universidade Católica como a da Marktest, conferem uma subida acentuada das intenções de voto ao PSD, a maioria delas por transferência de eleitores que votaram PS nas últimas legislativas. Será caso para dizer que "Santos da terra não fazem milagres"? Talvez. Ou será que a explicação está na mudança de líder no principal partido da oposição? Talvez também (até porque Marques Mendes nunca foi levado a sério). Penso no entanto que, pelo menos para já, o "sucesso" do PSD funda-se fundamentalmente no demérito da política social e económica do Governo.

De facto, não basta imitar os tiques de Cavaco. Não chega adoptar políticas aparentemente corajosas. É preciso que tais políticas sejam consequentes, que mostrem resultados visíveis que levem os portugueses a reconhecerem que os seus sacrifícios valeram a pena. No tempo de Cavaco, goste-se ou não dele, sempre crescemos acima da média da União Europeia. Isso não está a acontecer agora e nem sequer se pode usar como álibi uma qualquer recessão económica generalizada. Temos, sim, a maior carga fiscal de sempre: 35% do PIB (incluindo neste cômputo a Segurança Social).

Investimento modelar

No passado houve quem pensasse que a riqueza provinha fundamentalmente da terra. Depois, pensou-se que era da indústria. Ora aí está uma das poucas questões em que não tenho dúvidas: a riqueza de uma região provém de toda e qualquer actividade sustentável que crie postos de trabalho. Estremoz fica mais rica depois de o Modelo abrir.

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