quinta-feira, 14 de junho de 2007

1. Spin Doctor; 2. Alentejo de oportunidades (I)


1. Spin Doctor
Por "Spin Doctor", expressão anglófona sem tradução literal, entende-se a pessoa cuja função é dizer bem de outra – normalmente, um político – através de comentários favoráveis ou de elogios mais ou menos velados. Para a marosca funcionar, o spin doctor pode até dar ares de que a sua opinião é independente da pessoa que visa beneficiar. No entanto, o seu único propósito é induzir a ideia de que esta é super, genial, boa até dizer chega ou "assim uma espécie de magazine".

Temo-los por cá... mesmo pelo nosso burgo. Afirmam-se arautos na luta contra o negativismo, exaltando as públicas virtudes dos seus patronos, ao mesmo tempo que deliberadamente omitem os correspondentes pecados. Para eles, não há oposição, há apenas maledicência. Mais parecem guionistas de um filme da série B com "bons" e "maus", nos quais os próprios são inequivocamente os bons e os restantes são, inevitavelmente, os maus. E são maus porquê? Porque dizem e escrevem verdades inconvenientes. Voltámos ao Ballet Rose.
2. Alentejo de oportunidades (I)
O título acima pode ser interpretado de duas formas diametralmente opostas. A primeira, se Alentejo for sinónimo de Deserto, é a de que não há oportunidades; a segunda, a qual prefiro e que desenvolverei numa futura edição, é aquela que sugere que mesmo no "deserto" há oportunidades.
Comecemos pelo lado mais difícil reconhecendo, em abono da verdade, que o Alentejo tem vindo a registar dois tipos de desertificação: a económica; e a demográfica. A primeira desertificação foi, num primeiro momento, a causa da segunda. Porém, agora, a segunda juntou-se ao lote de factores que estão na origem da primeira. Parece que chegámos a uma pescadinha de rabo na boca, a um círculo vicioso de degradação das condições económicas e sociais. Estremoz, em particular, está assinaladamente pior que o conjunto do meio em que se insere. Dos 14 concelhos do Alentejo Central, só o Alandroal registava nas últimas estatísticas disponíveis um crescimento ainda mais negativo que Estremoz, mas, ainda assim, com menos repulsão demográfica. Somos campeões no pior sentido. Aliás, o "Brados" até há bem pouco tempo foi testemunha deste fenómeno na sua página "nascimentos e óbitos" onde os últimos eram sempre mais que os primeiros.
Pois, podemos passar a vida a "dourar a pílula", no entanto a melhor forma de resolver um problema é começar por assumir que ele existe.

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